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doce dezembro

doce dezembro

04
Abr18

Sonhos

M

Eu nunca tive sonhos. Nunca sonhei viajar, não queria ter filhos nem casar, nunca tive um emprego ou uma área que gostasse de exercer/estudar. Eu olhava para as minhas amiguinhas da escola e todas desde pequenas queriam fazer/ser algo! Menos eu. E na escolinha, quando me perguntavam como me imaginava em adulta, eu nunca sabia responder, então inventava!

 

Na verdade eu não tive uma infância propriamente feliz. Eu era muito fechada (circunstâncias da vida, não pude escolher) e acho que tudo fez com que a parte dos sonhos quebrasse.

Só por volta dos dezassete anos é que eu vi que afinal podia mesmo escolher a minha vida, sonhar, pensar no meu futuro! Mas só lá para os dezanove é que comecei a fazê-lo "à séria". Nunca foi falta de interesse, talvez tenha sido falta de incentivo. Não importa!

 

Comecei a ver o mundo com outros olhos. Até então nunca quis casar, mas aos pouquinhos lá fui imaginando a minha pessoa num vestido de noiva todo jeitoso (até aqui eu não sabia preços de vestidos, porque quando soube... meu Deus).

Nunca imaginei algum ser pequeno chamar-me mãe e depender de mim (pessoa tão desnaturada), mas comecei a achar tanta graça aos sorrisinhos dos bebés... e foi uma "luta" até ouvir um bebé chorar e conseguir dizer calmamente "oh, coitadinho", mas venci essa "luta" e isso só pode ser bom.

Nunca quis viajar, mas Açores é agora o meu destino de sonho. Além disso, se pudesse percorria norte a sul do país, para conhecer todas as cidades do nosso Portugal.

 

O tempo passou e acho que hoje sonho pelos anos todos que não sonhei. Hoje adoro pensar e idealizar a minha vida! Mas depois lá vem a própria Vida e troca as voltas todas! E o que eu achava que ia acontecer, afinal, já não acontece. Mas isso deu-me uma espécie de lição: não fazer planos e não depender do que não sei se vai acontecer.

 

Hoje tenho alguns sonhos, mas o principal neste momento, o sonho que me faz chorar por estar "tão longe" de se realizar, é sem dúvida ter a minha (nossa) casinha...

 

20
Mar18

Chamemos a isto um Diário

M

Sete e cinquenta da manhã. Já na rua olhei o céu. Este parecia maior, mais alto, mais distante... como se eu voltasse a ser pequena e tudo me parecesse muito grande.

O céu estava bonito. Azulinho com núvens. Algumas eram brancas e fofinhas, outras mais escuras e não tão queridas. Uma sensação conhecida que já não se manifestava há muitos anos apoderou-se de mim. Uma sensação que me costumava acompanhar algures na infância quando tentava imaginar a minha vida dali a x anos.

Rapidamente o azul se transformou em cinzento. Gotas apressadas caíam lá de cima e começavam a molhar-me o corpo. Não bastavam já as que me molhavam a alma?

O meu pensamento prendia-se no quanto as coisas mudaram. Já nada é igual. Já não sou quem era e estou tão longe de ser quem quero. E fora isso, cá dentro só sentia uma confusão enorme.

 

Três e quarenta da tarde: o pico. O pico da minha tristeza, o choro compulsivo, a raiva. As lágrimas que segurei ao longo do dia caíram em peso. E nem o peso que deitei cá para fora eliminou o que restava cá dentro. Todos os sentimentos maus que eu tentei e tento afastar de mim se juntaram e se mostraram presentes de novo.

 

Cinco horas: hora do duche. Pensei que seria a melhor altura do meu dia, a altura em que iria desligar os pensamentos e somente ficar ali, a sentir a água quente que me caía pelo cabelo, com a cabeça vazia. Bem, vazia vazia não estava, acho que tenho bateria infinita e nunca nada se desliga por aqui. Soube bem e ao contrário do que eu achava que iria acontecer, não desabei de novo.

 

Na minha cabeça a confusão mantém-se. Não sei o que se passa aqui dentro, mas chove e chove bastante. Aqui dentro não há indícios de primavera.

12
Fev18

Sei lá!

M

Há momentos na vida em que temos de guardar certas opiniões e pensamentos para nós próprios, de forma a zelar pelos outros. Mas, muitas vezes, para não magoarmos certas pessoas, acabamos por nos ferir a nós mesmos! Acabamos por nos prejudicar, sentir tristes, não dormir à noite, afastar da nossa própria felicidade e paz interior.

Paz interior. Não sei bem o que isso é. Na maior parte dos dias sinto-me cansada. E não falo só fisicamente! Sinto-me bloqueada! Há pessoas que definitivamente nos sugam a energia... eu quero e preciso de me proteger a mim, à minha mente e ao meu coração. (mas como?)

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Comentários recentes

  • Rute Justino

    Boa sorte com o novo blog vou seguir certamente.

  • HD

    Já fui espreitar mas a casinha ainda está vazia :-...

  • M

    Eu tenho um spray próprio para estas... bichas, ma...

  • M

    espero é que tenha ido para outro lado qualquer.....

  • Rute Justino

    Nada que um mata moscas não resolva ou um spray

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