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doce dezembro

doce dezembro

02
Abr18

A minha Páscoa

M

A minha Páscoa foi... estranha, digamos.

Levantei-me cedo, como de costume. Fiz o que tinha a fazer, mas logo de início o dia estava meio esquisito.

Quando chegamos a casa foi quando escrevi o último texto que partilhei aqui no blogue. Quer dizer, mais ou menos. Escrevi-o no calor do momento mas antes de o publicar alterei umas coisinhas e suavizei bastante o texto em si. Nem sequer me apetece falar disso!

Entretanto, o J (meu namorado) saiu de casa perto das onze. E eu estava toda tristinha pois era Páscoa e até tinha pedido um bacalhau com natas e uns croquetes à minha mãe (entretanto não foi isso o almoço). O J foi a Nisa e só Deus sabe como fico angustiada pois tenho sempre medo destas viagens longas.

Então, além de almoçar sozinha na cozinha, tirei a tarde para "arrumar" o quarto, já que recebi uma prenda mega linda do meu amorzinho e queria colocá-la num sitio todo bonito e arrumado.

Depois de arrumar o quarto e encher esta rica pança de amêndoas, pintarolas e coca-cola (reeducação alimentar? O que é isso?), vim para o pc ouvir música e assim passei o resto do tempo.

Vi a Casa dos Segredos e, como sempre, gostei bastante. Só perdi a parte que mais ansiava ver: a conversa entre Bruno e a sua namorada (mas não se preocupem que hoje de manhã já vi tudinho, eheh).

Por fim, o J regressou aos meus braços à meia-noite. Toda eu já só agradecia por a viagem ter corrido bem, por ele estar bem e por estar ali, nos meus bracinhos.

E, finalmente, fomos dormir, em conchinha (às vezes chamamos cadeirinha... não faz mais sentido?). E digo-vos, foi uma das noite que mais rápido e bem adormeci. Não sei se era do cansaço, da tristeza que senti de manhã por causa daquela pessoa, mas penso que tenha sido pela felicidade em finalmente poder estar com o meu namorado. Foi um momento muito mágico, pois eu fico sempre com o coração nas mãos e só descanso quando sei que ele está bem!

 

Sou muito agradecida por ter uma pessoa tão fantástica na minha vida. Se não fosse ele... eu sei lá. Só Deus sabe como isto é complicado para mim.

01
Abr18

Não quero ser assim

M

Várias vezes escrevi sobre o que não queria ser, sobre as atitudes que não queria ter. Tentei sempre ser abstracta pois pesava-me na consciência dizer o que penso (e consequentemente pesava-me na consciência pensar o que penso). Mas agora, sinceramente... foda-se. Eu não tenho culpa das pessoas serem como são. A única pessoa que eu posso mudar sou eu mesma, e assim como tenho o direito de decidir quem quero ser, tenho igualmente o direito de decidir quem não quero ser. E eu não quero ser assim... assim como a pessoa em questão é. Mas é assim que eu me estou a tornar pois o facto da pessoa ser como é, faz com que o dia se estrague para os outros também.

É cansativo conviver com alguém que é um pequeno cristal que a qualquer momento se pode partir. É cansativo viver com medo de dizer algo no tom errado, pois até com isso tem que se ter cuidado! Uma atitude, uma palavra, um tom diferente de voz, uma opinião... "todas" estas pequenas coisas podem causar (e causam) um estrago enorme! É esgotante viver assim!

 

Como disse algures aqui em cima, sinto que me estou a tornar assim também: rabugenta, sempre de mau humor, chateada, irritada. E como é óbvio eu não quero isso para mim, eu não quero ser prejudicada pela pessoa, não quero que a minha paz interior, o meu humor, a minha felicidade esteja dependente de como for o dia da pessoa ou de como a pessoa se sente hoje. Mas acho que é isso que me falta: entender como não me abalar, como me manter intacta. Agora descobrir isso é que vai ser complicado.

20
Mar18

Chamemos a isto um Diário

M

Sete e cinquenta da manhã. Já na rua olhei o céu. Este parecia maior, mais alto, mais distante... como se eu voltasse a ser pequena e tudo me parecesse muito grande.

O céu estava bonito. Azulinho com núvens. Algumas eram brancas e fofinhas, outras mais escuras e não tão queridas. Uma sensação conhecida que já não se manifestava há muitos anos apoderou-se de mim. Uma sensação que me costumava acompanhar algures na infância quando tentava imaginar a minha vida dali a x anos.

Rapidamente o azul se transformou em cinzento. Gotas apressadas caíam lá de cima e começavam a molhar-me o corpo. Não bastavam já as que me molhavam a alma?

O meu pensamento prendia-se no quanto as coisas mudaram. Já nada é igual. Já não sou quem era e estou tão longe de ser quem quero. E fora isso, cá dentro só sentia uma confusão enorme.

 

Três e quarenta da tarde: o pico. O pico da minha tristeza, o choro compulsivo, a raiva. As lágrimas que segurei ao longo do dia caíram em peso. E nem o peso que deitei cá para fora eliminou o que restava cá dentro. Todos os sentimentos maus que eu tentei e tento afastar de mim se juntaram e se mostraram presentes de novo.

 

Cinco horas: hora do duche. Pensei que seria a melhor altura do meu dia, a altura em que iria desligar os pensamentos e somente ficar ali, a sentir a água quente que me caía pelo cabelo, com a cabeça vazia. Bem, vazia vazia não estava, acho que tenho bateria infinita e nunca nada se desliga por aqui. Soube bem e ao contrário do que eu achava que iria acontecer, não desabei de novo.

 

Na minha cabeça a confusão mantém-se. Não sei o que se passa aqui dentro, mas chove e chove bastante. Aqui dentro não há indícios de primavera.

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Comentários recentes

  • Rute Justino

    Boa sorte com o novo blog vou seguir certamente.

  • HD

    Já fui espreitar mas a casinha ainda está vazia :-...

  • M

    Eu tenho um spray próprio para estas... bichas, ma...

  • M

    espero é que tenha ido para outro lado qualquer.....

  • Rute Justino

    Nada que um mata moscas não resolva ou um spray

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